Obra da Ferrovia Oeste-Leste, primeira do Novo PAC, é suspensa na Bahia com 75% concluído

A construção do primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que liga Caetité a Ilhéus, na Bahia, foi suspensa após 75% das obras terem sido concluídas e um investimento de R$ 784 milhões. A informação foi confirmada nesta terça-feira (1º) pela BAMIN, empresa responsável pelo projeto, que anunciou a “desmobilização” do contrato com a construtora Prumo Engenharia a partir de segunda-feira (31).

Detalhes da Suspensão
– O Trecho 1 da Fiol, com 537 km de extensão, foi a primeira obra anunciada pelo presidente Lula no Novo PAC, em julho de 2023, com previsão inicial de conclusão para 2027. No entanto, o governo federal pediu aceleração das obras para 2026.
– A BAMIN não divulgou os motivos para a suspensão, mas afirmou que manterá os serviços de manutenção e as obrigações socioambientais do Projeto Integrado Pedra de Ferro.
– O Grupo ERG, controlador da BAMIN, está em busca de novos investidores para retomar a construção.

### Impactos e Reações
– O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada (Sintepav-BA) convocou uma assembleia para esta quarta-feira (2) para discutir os efeitos da paralisação, incluindo possíveis demissões em massa.
– O Ministério dos Transportes ainda não se pronunciou sobre o caso.

### Importância da Fiol
Quando concluída, a ferrovia terá 1.527 km, conectando o Porto de Ilhéus (BA) a Figueirópolis (TO), integrando-se à Ferrovia Norte-Sul. O projeto deve:
– Reduzir em 86% as emissões de gases poluentes no transporte de cargas.
– Baratear o escoamento de minérios do sul da Bahia e grãos do oeste baiano.
– Beneficiar 31 municípios, impulsionando a economia regional.

Enquanto o Trecho 1 (Caetité-Ilhéus) está paralisado, o Trecho 2 (Caetité-Barreiras) segue em construção pela Infra S.A., e o Trecho 3 (Barreiras-Figueirópolis) ainda está em fase de estudos.

Leia a nota oficial da BAMIN:
“A BAMIN informa que o contrato de obras da FIOL I será desmobilizado a partir de 31/03/2025, concluindo a fase inicial da construção. Até o momento, foram investidos R$ 784 milhões. Serviços de manutenção e obrigações socioambientais serão mantidos. O Grupo ERG busca investidores para dar continuidade ao projeto”.

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Fontes: G1, Poder360, Alô Alô Bahia, Bahia Econômica, Sudoeste Bahia.